O modelo fonológico gerativo foi desenvolvido em meados da década de 60, com o surgimento da teoria gerativa clássica proposta por Chomsky. Com o seu trabalho Aspects of the theory of syntax (1965), Chomsky revolucionou os estudos lingüísticos ao determinar que o componente sintático e não mais o sonoro deveria ser o foco das análises lingüísticas. Chomsky introduziu a noção de regras lingüísticas (regras que relacionam o som e seu significado), além de noções como competência/desempenho e Gramática Universal. De acordo com suas propostas, o desempenho seria o uso real que o falante faz da língua, enquanto que a competência seria o conhecimento da língua que o falante carrega. A noção de Gramática Universal foi introduzida como uma proposta de relacionar as línguas de acordo com suas similaridades. Para Chomsky as semelhanças presentes nas línguas do mundo ocorreriam devido a uma essência lingüística genética comum aos homens. Dessa forma a GU seria uma organização mental em relação à linguagem compartilhada por todos os humanos.
As linhas gerais do modelo gerativo foram introduzidas principalmente com o trabalho de Chomsky e Halle The Sound Patter of English (1968). De acordo com o modelo todo falante possui uma estrutura lingüística profunda com informações gramaticais. Através de regras, tal estrutura é modificada gerando estruturas de superfície, ou manifestações da fala. A representação fonológica seria o nível subjacente, profundo, e a representação fonética seria o nível de superfície. O modelo gerativo também traz modificações que tentam aperfeiçoar as características criticadas do estruturalismo. Uma das novas propostas seria a unidade mínima, que passa a ser os traços distintivos, ao invés dos segmentos. Tal mudança iria permitir não só generalizações, mas também uma melhor manipulação das regras fonológicas.
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