Fonologia gerativa - Traços distintivos


Com a nova proposta de unidade mínima, o modelo Gerativo permitiu que as regras lingüísticas fossem explicadas com mais formalismo e naturalidade. Utilizando-se dos traços distintivos é possível relacionar segmentos e mudanças transformacionais nos segmentos que, até, então, não eram relacionados no modelo estruturalista. No gerativismo, é possível demonstrar que as regras se aplicam à classes de segmentos. Por exemplo: a representação estruturalista abaixo demonstra o processo de palatalização de consoantes antes da vogal “i”:




De acordo com essa representação, relacionam-se os segmentos consonantais com seus respectivos segmentos modificados, mas não se relaciona os segmentos consonantais entre si. Já na proposta gerativista, tal agrupamento é possível através do uso de classes naturais:






Tanto na representação estruturalista quanto na gerativista, o elemento A (anterior à seta) corresponde à descrição natural, o elemento B (posterior à seta) corresponde à mudança estrutural, e o elemento C corresponde ao ambiente em que tal mudança ocorre. É importante lembrar, que na representação gerativista não há necessidade de no elemento A aparecer os traços que serão modificados em B. Por exemplo, no caso acima, se em B ocorre o traço – anterior, não há necessidade de citar o traço + anterior em A.



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