Os modelos lineares, que analisavam a fala a partir de uma seqüência de segmentos, contribuíram significativamente para a evolução dos pensamentos fonológicos ao desenvolver as noções de traços distintivos, classes naturais e regras fonológicas. No entanto, tais modelos apresentavam limitações ao tentar explicar fenômenos fonológicos suprassegmentais e prosódicos. Os modelos não-lineares, portanto, buscaram analisar a fala não como uma combinação unidimensionalmente ordenada de segmentos, propunha-se que os segmentos se organizavam hierarquicamente. Assim, segmentos formavam sílabas, que, por sua vez, formavam pés, que formavam palavras fonológicas, etc. Dentro desses modelos não-lineares encontram-se as fonologias autosegmental, métrica, lexical, da sílaba e prosódica.
O grande mérito do modelo autossegmental foi a incorporação da sílaba à teoria. No modelo gerativo, a sílaba era tratada como um traço [+silábico] que era atribuído a um segmento. Esse tipo de análise era insuficiente e não conseguia dar conta de diversos fenômenos relativos à sílaba. Na autossegmental, portanto, a sílaba adquiriu status fonológico.
Os segmentos passam, então, a não ser só um conjunto desorganizado de traços, mas um conjunto que possui uma estrutura interna organizada hierarquicamente. As representações subjacentes tornam-se fonéticas através de processos de derivação (em que atuam os princípios de boa-formação).
A figura abaixo mostra uma representação silábica segundo a teoria em questão:
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